Na última segunda-feira (26) aconteceu o 1° Fórum de Assistentes Técnicos da Unicamp no auditório GGBS. O evento apresentou aos ATs e Diretores das Unidades/Órgãos a nova estrutura da Reitoria, a situação financeira da Universidade, medidas que visam o equilíbrio orçamentário e ações alternativas ao contingenciamento, como o Programa de Mobilidade Funcional e o Programa de Recertificação.
A mesa foi composta pela Coordenadora Geral da Unicamp, Profª Drª Teresa Dib Zambon Atvars, pela Pró-Reitora de Desenvolvimento Universitário, Profª Drª Marisa Massumi Beppu e pelo Coordenador da DGRH, Gilmar Dias.
Atvars apresentou as mudanças administrativas na Reitoria e explicou em detalhes as Resoluções GR-025/2017 e GR-026/2017, enquanto Marisa Beppu expôs o histórico orçamentário da Unicamp e apresentou as propostas que estão sendo estudadas para suprir as necessidades das Unidades/Órgãos evitando novas contratações e otimizando processos de trabalho.
A Coordenadora Geral explicou a nova organização da Reitoria, apontando a criação de 5 novas diretorias na administração superior: Diretoria Executiva da Área da Saúde (DEAS), Diretoria Executiva de Ensino Pré-Universitário (DEEPU), Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI), Diretoria Executiva de Administração (DEA), que substitui a VREA, e Diretoria Executiva de Relações Internacionais (DERI), em substituição à VRERI. A nova estrutura administrativa da Reitoria, com todas as recentes mudanças, será divulgada em breve.
Com relação à situação financeira da Unicamp, os gráficos apontaram para o crescimento das despesas ao longo dos anos. Sobre o cenário atual, Beppu explicou que o “mês de maio foi o segundo pior do ano em termos de arrecadação, ficando somente a frente de fevereiro, que é um mês mais curto”. Existe a estimativa de um déficit de milhões, tanto para o fim deste ano, quanto para o próximo. Destacou ainda que um dos fatores que contribui para o crescimento das despesas é o aumento do número de aposentados pelo regime estatutário, que tem impacto direto na folha de pagamento da Universidade.
Ainda sobre a questão financeira, Teresa destacou a importância da criação da Comissão de Planejamento e Acompanhamento Econômico (CPLAE), vinculada à PRDU e assessorada tecnicamente pela AEPLAN, que acompanhará as decisões, resoluções e novas leis que possam interferir e impactar no orçamento da Universidade.
A Coordenadora Geral explicou também as medidas adotadas pela administração central para garantir o equilíbrio orçamentário e esclareceu questões sobre a suspensão temporária da reposição automática de vagas e recursos para servidores das carreiras PAEPE e docente.
Tendo em vista o contingenciamento, a abertura de novos concursos está suspensa. Estão sendo admitidos servidores da carreira PAEPE, docentes e pesquisadores dos concursos homologados, dentro do número de vagas especificadas no edital de abertura. Os concursos que estavam abertos continuam tramitando, mas apenas aqueles que constituem casos excepcionais serão homologados. A Reitoria está estudando a possibilidade de abertura de alguns concursos, mas apenas em casos que não demandarem novos recursos.
Dentre as propostas alternativas ao contingenciamento, ainda em estudo pela CGU e PRDU, destaca-se o Programa de Mobilidade Funcional, que tem como objetivo incentivar a mobilidade interna para equilibrar a distribuição dos servidores, suprir as necessidades locais e aumentar a motivação. De acordo com Atvars, “o processo de mobilidade não pode ser predatório e tem que ser muito bem estruturado e monitorado”.
Reiterando a importância da mobilidade, Gilmar destacou que a DGRH contribuirá com a instrumentalização do programa, criando um sistema informatizado para apoiar o processo. Mencionou ainda que passaremos por uma mudança cultural e não podemos ficar presos à ideia de liberação de vaga com recurso.
“Temos hoje na Universidade 121 casos, para ser preciso, de pessoas que estão pedindo transferência por razões diversas: interesse em novos desafios, novo ambiente, um projeto inovador, uma motivação. Porém, não há hoje um mecanismo formal, porque cada dirigente tem o recurso travado no pensamento: se o servidor está comigo ele custa a vaga e para liberar eu tenho que repor a vaga (…) Nós vamos ter que evoluir nessa equação e trabalhar de maneira transparente e pactuada”, enfatizou o Coordenador da DGRH.
Outra proposta em estudo citada no encontro foi o Programa de Recertificação que, de acordo com Marisa, tem como principal objetivo rever os processos de trabalho, já que a otimização tornou-se uma necessidade. Destacou ainda que o contingenciamento de designações não é uma medida plausível no longo prazo e é preciso valorizar locais que estão buscando a otimização e focar em processos e aglutinação de processos.
Ao final das apresentações, houve espaço para esclarecimento de dúvidas.
Atvars informou que novos encontros serão realizados sempre que houver assuntos importantes a serem discutidos, pois a ideia é que os fóruns sejam espaços para debates, críticas e sugestões.
Para saber mais, leia a notícia publicada no Portal da Unicamp.