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Transtorno de Déficit de Natureza é uma expressão criada pelo jornalista e escritor americano, Richard Louv, em seu livro “A primeira criança da natureza”, publicado a primeira vez em abril de 2005.

O tema é de tamanha importância que já foi traduzido para 15 idiomas e lançado em cerca de 20 países, resultando em mais de 500 mil exemplares vendidos.

O livro fala sobre o atual distanciamento entre o ser humano e a natureza, e os problemas mentais e físicos que isso pode causar. O autor expõe argumentos baseados na medicina e em experiências, além de estudos que evidenciam o fato de que é preciso ter contato com o mundo natural. O foco maior está nas crianças, mas os efeitos atingem a sociedade em geral.

Louv explica que o uso dos sentidos, tanto os fisiológicos quanto os psicológicos, está sendo limitado. Hoje em dia praticamente usamos apenas a visão para olhar para uma tela e a audição para ouvir o que sai dela, seja no computador, no celular ou na televisão. Na parte psicológica, as crianças são avaliadas como extremamente organizadas e distantes das brincadeiras espontâneas, pois estão sempre na mesma rotina. Assim, a infância é construída sem riquezas de experiências humanas. O escritor define que “as crianças estão menos vivas”, e indaga: “que pai ou mãe quer que seu filho esteja menos vivo?”.

O mundo está cada vez mais dominado pela tecnologia. O trabalho, os estudos e a vida neste século está diretamente ligada ao ambiente digital. O autor destaca que “muitos dos sentidos humanos estão sendo perdidos, inclusive alguns que nem sabemos que temos”. A tecnologia nos traz muitos benefícios, mas é preciso alcançar um equilíbrio no tempo de uso.

Dentre os principais problemas gerados pela falta de relação com o mundo natural estão os índices elevados de doenças mentais, as dificuldades de atenção, maior taxa de miopia, obesidade e deficiência de vitamina D.

Em entrevista ao projeto Criança e Natureza, Richard Louv faz uma colocação impactante sobre como estamos lidando com as crianças. O autor alerta que estamos deixando de levar as crianças para ambientes naturais e as escolas estão deixando de proporcionar passeios para os jovens, tudo isso para deixá-los parados. E ainda acrescenta: “fazemos as crianças sentarem o dia todo, e ficar sentado é o novo fumar”.

Mas há esperança: “escolas e associações estão usando hortinhas, caminhadas em bosques e outras soluções simples para combater uma série de novos problemas que atingem muitas das crianças de hoje, por estarem tão afastadas da natureza”, afirma Louv.

É importante ressaltar que o Transtorno de Déficit de Natureza não é um diagnóstico médico, mas sim um termo linguístico considerado por seu criador como uma doença da sociedade.

Então, que tal ficar menos tempo online e mais tempo conectado com o mundo o real? Separe um tempo para curtir a natureza junto com sua família e amigos. Vamos todos cuidar mais do nosso corpo, da nossa mente, da nossa saúde!

Para saber mais:

[ Texto originalmente publicado na Intranet DGRH ]

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