Conteúdo principal Menu principal Rodapé

Como já é tradição, o mês de outubro traz maior visibilidade para a importância da prevenção do câncer de mama por meio da campanha Outubro Rosa.

Todo câncer, comumente chamado de neoplasia, se caracteriza pelo crescimento rápido e desordenado de células muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores malignos que podem se espalhar para outras regiões do corpo.

O câncer de mama, como o próprio nome diz, afeta as mamas, que são glândulas formadas por lobos, que se dividem em estruturas menores chamadas lóbulos e ductos mamários. É o tumor maligno mais comum em mulheres e o que mais leva as brasileiras à morte, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

De acordo com a Estimativa sobre Incidência de Câncer no Brasil produzida pelo Inca entre 2014 e 2015, o Brasil terá 576 mil novos casos dessa doença. Desses, 57.120 mil serão tumores de mama.

Antes dos 35 anos de idade os casos são relativamente raros, mas acima dessa idade as ocorrências crescem rápida e progressivamente. É importante lembrar que nem todo tumor na mama é maligno, e que – em número muito menor – pode ocorrer também em homens. A maioria dos nódulos (ou caroços) detectados na mama é benigna, mas isso só pode ser confirmado por meio de exames médicos.

Quando diagnosticado e tratado em fase inicial, ou seja, quando o nódulo tem menos de um centímetro, as chances de cura chegam a 95%. Tumores desse tamanho são pequenos demais para serem detectados por palpação, mas são visíveis na mamografia. Por isso é fundamental que toda mulher com mais de 40 anos faça esse exame de imagem pelo menos uma vez por ano.

  • Como prevenir?

O câncer de mama é de difícil prevenção, pois é uma doença ligada ao histórico familiar e aos hábitos de vida. A grande arma que temos nas mãos é o diagnóstico precoce, ou seja, descobrir o tumor quando ele ainda é pequeno. O ideal é diagnosticá-lo com menos de um centímetro, o que possibilita a cura em 95% dos casos. Se você descobrir qualquer alteração em suas mamas, consulte um médico.

  • Por que é tão importante você saber a respeito do câncer de mama?

Porque é o câncer mais comum entre as mulheres e se for diagnosticado em estágio inicial, pode ter cura. Se não for tratado pode se alastrar para órgãos vitais, como ossos, pulmão e fígado, e levar à morte.

 

Muitos rumores, teorias e histórias foram e ainda são contadas para as pessoas, muitas vezes sendo interpretadas como verídicas, mas nem sempre são. Conheça alguns mitos e verdades sobre a doença:

  • Desodorante antitranspirante pode causar câncer de mama – Mito

Esse é um boato que circula na internet, mas nada tem de verdadeiro. Na axila nem existem células mamárias. Não existem pesquisas ou estudos que demonstrem haver qualquer ligação entre as duas coisas. O que pode acontecer é o entupimento de algumas glândulas sudoríparas, mas isso não afeta a mama. 

  • Um tumor pode ser causado por um trauma, por exemplo, uma pancada durante uma batida de automóvel – Mito

A batida pode formar um caroço, que, em exames rotineiros, se assemelha a um câncer, mas é benigno. Outra coisa comum é que, a partir do choque, a preocupação da pessoa aumente e, por meio do toque mais frequente ou outro exame, ela possa descobrir um nódulo que já estava presente em seu corpo. 

  • É melhor ter vários nódulos que um só – Mito

Estudos indicam que o fato de ter um ou vários nódulos não influencia na gravidade da doença. É importante lembrar também que nódulo nem sempre é câncer.

  •  O câncer tem cura – Verdade

Embora a medicina mencione que o tratamento deve ser individualizado e que cada paciente responde de maneira particular às terapias, o câncer é curável, desde que diagnosticado precocemente e acompanhado corretamente. 

  • Alimentos cozidos em forno de micro-ondas podem provocar câncer – Mito

As micro-ondas não tornam o alimento radioativo nem apresentam risco de exposição à radiação, desde que usadas de acordo com as instruções. A exposição a altas doses de radiação por micro-ondas pode ocasionar queimaduras ou cataratas nos olhos, mas a pequena quantidade que pode vazar de um forno caseiro não causa problemas. 

  • A frequência sexual interfere na ocorrência de câncer – Mito

Especialistas afirmam que não há relação alguma entre a frequência sexual e o surgimento de câncer. Cabe ressaltar que a atividade sexual não ajuda a proteger as mamas contra o câncer. O que pode protegê-las é a gravidez e a amamentação.

  • Se eu faço o autoexame de mamas todos os meses não preciso fazer mamografia – Mito

Normalmente, se você fizer o autoexame todos os meses e visitar o seu médico anualmente, uma mamografia por ano será suficiente. Nem o autoexame, nem o exame clínico, nem a mamografia são eficientes sozinhos. Alguns cânceres de mama são detectados apenas com a mamografia, outros são detectados apenas com o exame médico. Por essa razão, a recomendação é fazer a mamografia, junto com o autoexame e o exame clínico físico feito por um profissional de saúde.

  • A radiação emitida pela mamografia causa câncer – Mito

A exposição a qualquer tipo de radiação nos expõe a riscos de desenvolver câncer em geral. Porém, a quantidade de radiação de uma mamografia é relativamente baixa. Esse exame continua sendo a melhor ferramenta para detecção do câncer de mama. 

  • Amamentar protege o peito do câncer de mama – Verdade

Quando o bebê mama, as células mamárias ficam ocupadas com a produção de leite e se multiplicam menos, o que reduz o risco de contrair a doença. 

  • É prejudicial ao bebê continuar amamentando se existe suspeita de câncer de mama – Mito

É possível amamentar durante a realização de exames de diagnóstico para o câncer, como mamografia, raios X, tomografia computadorizada, ressonância magnética, ultrassom e biópsia. As células cancerosas não passam para o bebê através do leite materno.

  • Durante o tratamento contra o câncer não é aconselhável amamentar – Verdade

Embora as células cancerosas não possam passar para o bebê através do leite materno, os médicos aconselham que mulheres que iniciam o tratamento com isótopos radioativos ou quimioterapia para tratar o câncer de mama, parem de amamentar até que os elementos radioativos ou medicamentos sejam completamente eliminados do seu corpo. Você pode ainda amamentar em caso de receber tratamento radioterápico, mas a radiação irá limitar a produção de leite na mama afetada.

 

Outros mitos e verdades podem ser conhecidos no site Oncoguia.

Na Unicamp, o CECOM – Centro de Saúde da Comunidade promoverá atividades especiais relacionadas à prevenção da doença durante o mês de outubro.

 

Para saber mais sobre a campanha, sobre a doença e prevenção, acesse:

Ir para o topo