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O enxugamento de vagas no mercado de trabalho, decorrente tanto da desaceleração do crescimento econômico e de políticas governamentais como das novas arquiteturas organizacionais e sua clara opção por funcionários com competências mais amplas, acirrou a competição por um emprego. A lei da oferta e da procura, neste caso desigual, impõe um rigoroso processo seletivo, em que apenas profissionais mais adequados ao mercado conseguem uma colocação.

Como nem sempre é possível garantir a tão disputada vaga, às vezes, é preciso apelar para conhecimentos já consagrados para dar uma “mãozinha”. É o caso dos conceitos de marketing que, quando corretamente empregados, no mínimo garantem processos eficientes de gestão pessoal, permitindo ao indivíduo melhor explorar as oportunidades.

E, embora muitos pensem que sua utilização seja apenas para políticos e gente famosa, seus processos podem e devem ser aplicados a qualquer pessoa e em várias circunstâncias, inclusive na busca por emprego.

A utilização desses conceitos em gente é chamada de Marketing Pessoal. Para melhor entender sua aplicação, primeiro é preciso estabelecer uma relação entre este e alguns conceitos do marketing. Segundo Kotler, marketing é a atividade humana dirigida para a satisfação das necessidades e desejos, por meio de processos de troca. Assim, o Marketing Pessoal existe quando adequamos um indivíduo ao que o seu público-alvo (os empregadores) deseja ou ainda dirigimos a oferta ao mercado correto.

Da mesma forma que uma organização estabelece objetivos e traça metas adequadas para alcançá-los, as pessoas devem fazer o mesmo, partindo de informações e análises do mercado-alvo, do macroambiente, da concorrência, do preço – valor médio salarial da categoria – e de si mesmas. Tais informações podem ser obtidas em noticiários e nos sites das companhias em que se deseja disputar uma vaga. Por exemplo: quais empresas podem “consumir” os serviços de um engenheiro que fale alemão?

Uma análise criteriosa pode ajudar a evidenciar diferenciais decisivos para que o profissional torne-se a opção do empregador, ajudando a detectar oportunidades e ameaças. Ou ainda, identificar inputs necessários (investir em cursos ou aprendizado de idioma) para sua adequação à necessidade do empregador. Pode-se verificar se existem públicos não atendidos ou se existe vantagem diferencial em relação aos concorrentes da mesma atividade. Em outras palavras, oferecer o produto em um novo segmento: o aparecimento de vagas é maior em algumas áreas do conhecimento ou em regiões mais distantes.

Trabalhar uma pessoa é, na maioria das vezes, mais complicado que trabalhar um produto. Existem muitas características dinâmicas em uma pessoa que sofre alterações de humor, tem personalidade imutável, que não se altera como a uma fragrância de um sabonete. Daí o desafio de aplicar os conceitos de marketing a um ser humano, de encontrar saídas para melhorar as condições de aceitação de profissionais no mercado de trabalho que, por cumprir uma função social, envolve além dos aspectos mercadológicos, aspectos de uma vida e isto, sim, acentua sua importância.

Fonte: rh.com.br

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